terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Máscara


Há um certo e determinado momento,
Onde o incontrolável tempo,
Que a tudo domina e controla,
Faz-se mais forte e presente,
E como o vento imprevisível,
Aparece e leva com ele as temíveis máscaras,
Que escondem a hipocrisia,
Desfazem-se então os sorrisos congelados,
Mostrando então a face da maldade,
Ela é imutável, fria e sem cor,
Quebra-se a máscara da verdade,
Espalhando seus pedaços por onde um dia passou,
Restando somente a realidade da fria mentira,
Que não pode mais ser escondida,
Quebram-se as máscaras das palavras,
Antes doces e gentis,
Transformando-se em punhais afiados,
Que não hesitam em serem lançados ao léu,
Por olhares frios e sem vida,
É o mundo das traições,
Que fere e dilacera os corações,
Mas quando chega o tempo certo,
Ninguém escapa da realidade,
Quando chega a hora da verdade,
Quebram-se as máscaras coloridas,
E restam somente os cacos,
De uma mentira um dia construída...

Patricia Montenegro

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