"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Meus 9 anos
Afora as freiras (afinal eu estudava no Colégio Metodista), tudo empata!!!!
Que saudade...
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que paz, que tranquilidade!
Brincadeiras na pracinha
Sem pressa de crescer, sem maldade!
Na escola, a disciplina
Era exigida pelas freiras
Oração antes do lanche
E o hino toda segunda-feira!
A biblioteca que encanto!
Tapete felpudo e almofadas
Estrelinhas penduradas no teto
Poesias, histórias, enciclopédias e contos!
Na rua, nada de carros e motos
Pique-esconde e pega-pega
Nas ladeiras e coretos
Entre laranjinhas, algodão-doce e pirulito!
Que saudade...
Da minha infância querida
Quando a inocência não era confundida
A responsabilidade não era exigida
E bolo de chocolate, felicidade!
Ludmilla Otaviana
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Máscara
Há um certo e determinado momento,
Onde o incontrolável tempo,
Que a tudo domina e controla,
Faz-se mais forte e presente,
E como o vento imprevisível,
Aparece e leva com ele as temíveis máscaras,
Que escondem a hipocrisia,
Desfazem-se então os sorrisos congelados,
Mostrando então a face da maldade,
Ela é imutável, fria e sem cor,
Quebra-se a máscara da verdade,
Espalhando seus pedaços por onde um dia passou,
Restando somente a realidade da fria mentira,
Que não pode mais ser escondida,
Quebram-se as máscaras das palavras,
Antes doces e gentis,
Transformando-se em punhais afiados,
Que não hesitam em serem lançados ao léu,
Por olhares frios e sem vida,
É o mundo das traições,
Que fere e dilacera os corações,
Mas quando chega o tempo certo,
Ninguém escapa da realidade,
Quando chega a hora da verdade,
Quebram-se as máscaras coloridas,
E restam somente os cacos,
De uma mentira um dia construída...
Patricia Montenegro
domingo, 26 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
O Melhor da vida vai começar
Copiando uma idéia do Amigão (acho que ele não vai se importar....afinal vivemos os 2 no Maravilhoso Mundo dos Avós)
Eu quero o sol
Ao despertar
Brincando com a brisa
Por entre as plantas
Da varanda
Em nossa casa
Eu quero amar
É lógico
Que o mundo não me odeia
Hoje eu sou mais romântico
Que a lua cheia
Você mostrou pra mim
Onde encontrar assim
Mais de um milhão
De motivos pra sonhar, enfim
E é tão gostoso ter
Os pés no chão e ver
Que o melhor da vida
Vai começar
Guilherme Arantes
sábado, 11 de dezembro de 2010
Casca protetora
Meus ódios são passageiros, os amores, fortes, os desprezos, perenes. Nunca tive medo de odiar. Minhas fúrias são inofensivas; no máximo, palavrões secretos. Minha maior facilidade é desprezar, porque tornei-me mestre em esquecer. Facilmente tenho "uma amnésia". Treinei para esquecer. Cometo homicídios emocionais.
Amo com facilidade, mas me afasto facilmente também. Viro as costas e pronto, acabou. Apago o contorno dos olhos. Anulo os cheiros. Rasgo memórias. Jogo na lixeira da alma quem me feriu. Nunca tramo vingança; não há necessidade, diluo, não sem dificuldade, quem me feriu.
Não, não estou me gabando. Sei que peco contra mim mesma quando desprezo, acabo com a possibilidade do perdão, tranco a porta da misericórdia e me distancio do bem. Preciso da nobreza dos mansos que superam as dores do passado......a minha lateja por décadas.
Já sofri um bocado e criei casca. Para sobreviver, revesti-me de uma certa insensibilidade.
Desejo ser como Jesus. Ele venceu o ódio sem punhal. Desarmado, só com bondade, atropelou a maldade. Sem contar com nenhum exército, fez da ternura a força mais admirável do universo.
Reconheço a minha carência. Tenho muito o que aprender. Ainda hei de acolher quem joga pedra, compreender quem é torto de inveja e caminhar duas milhas com quem conspira para destruir.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
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