"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Sem mandamento
Nunca gostei de conflitos, acho que ninguém gosta de conflitos neste mundo cheio deles.
Eu sei que as vezes precisamos deles, não são sempre negativos......porém, sempre sinto desconforto.
Daí penso que Oswaldo Montenegro, estava se sentindo como eu hoje, no dia que compôs essa música.
Sem Mandamentos
Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
De rostos serenos, de palavras soltas
Eu quero a rua toda parecendo louca
Com gente gritando e se abraçando ao sol
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
Quero ver os sonhos todos nas janelas
Quero ver vocês andando por aí
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
Eu até desculpo o que você falou
Eu quero ver meu coração no seu sorriso
E no olho da tarde a primeira luz
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
Eu quero um carnaval no engarrafamento
E que dez mil estrelas vão riscando o céu
Buscando a sua casa no amanhecer
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Eu vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias no seu coração
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
Pra escrever a música sem pretensão
Eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
E que triunfe a força da imaginação
Oswaldo Montenegro
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
O bāchan
Ontem vi uma cena na rua, que mais uma vez me emocionou. Caminhavam em minha direção uma senhora idosa, de origem japonesa, entre 2 jovens que poderiam ser suas netas, elas a amparavam com muita delicadeza.
Nascida e criada no bairro de maior população japonesa de São Paulo isso não é inédito pra mim, sempre foi algo que me chamou a atenção nessa cultura (que confesso não tenho muita afinidade), porém eu sempre admirei o respeito a atenção, e arriscaria dizer até os mimos que eles dispensam aos mais velhos.
Há muitos anos a velhice chegava cedo.
Houve época em que, aqueles que completavam 40 anos eram “respeitosos senhores e senhoras”. Eram sisudos, usavam roupas sérias. Estavam na velhice.
Com o aumento da expectativa de vida, a velhice foi sendo jogada para a frente.
50, 60, 70, 80 anos ... Não é possível determinar exatamente seu início. Varia de uma pessoa para outra, assim como é vista de maneira diversa por quem a avalia.
Para uma criança, velho é quem tem mais de 30 anos. E para alguém que chegue aos 60 em plena saúde, a velhice está distante.
De qualquer forma, quando a velhice vai se instalando, dá para notar seus sinais.
Dirijo meu carro para cá e para lá, nas cidades e nas estradas, vou só aos médicos e aos laboratórios, faço nossas compras sem ajuda, organizo as festinhas de família e a de Natal. E, é claro, mimo a todos que posso.
Sou próxima de alguns “velhinhos”, passei a lhes dedicar novos cuidados, entendo que eles estão liberados de algumas correrias e dou mimos à eles.
Tudo bem. Estou forte e sou independente.
Como uma "quase velhinha"...rsssss espero ser para meus pais
cuidadora, respeitosa e mimá-los enquanto puder e sempre que necessitarem.
domingo, 10 de outubro de 2010
Cabe na palma da mão
Dizem que a felicidade
Depende mesmo da gente
A gente tendo vontade
Em tudo ela está presente
No vento que vai ao léu
Na ave que deixa o ninho
Na lua que acende o céu
No canto de um passarinho
Pra uns a felicidade
Tem a maior dimensão
Pra mim na realidade
Cabe na palma da mão
A felicidade está no bem
Do seu bem querer
Naquilo que a gente dá
Sem desejar receber
No riso de uma criança
Na singeleza da flor
Na rede que se balança
Num lindo sonho de amor
Pra uns a felicidade
Tem a maior dimensão
Pra mim na realidade
Cabe na palma da mão
Ataulpho Alves
sábado, 9 de outubro de 2010
Tocando em frente
O simples correr dos anos bastou para me ensinar a cantar com Almir Sater:
Ando devagar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe,
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nos compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
Levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nos compõe a sua historia
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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