A população mundial chega à marca de 7 bilhões de pessoas nesta segunda-feira.
E essa bebezinha filipina foi considerada a pessoa número 7 bilhões.
Porém, garanto que a bebezinha mais amada do mundo, nasceu dia 07.10.1982!!! E para mim tanto faz o número que ela foi.....
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Casa Arrumada
Casa Arrumada
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
domingo, 16 de outubro de 2011
O Rei E O Palhaço
Ser sempre o palhaço.....não suporto mais os ""reis"" que existem em qualquer tipo de instituição.
Sua coroa é de ouro,
O meu chapéu é de palha.
A sua cota é de malha,
O meu gibão é de couro.
Sua justiça é no foro,
Minha lei é o consenso.
O seu reinado é imenso,
Minha casa é meu país.
Você é preso ao que diz,
Eu digo tudo o que penso.
Você vem com a arma erguida,
Eu vou abaixando a guarda.
Você vem vestindo a farda,
Eu de roupa colorida.
Você disputa corrida,
Eu corro pra relaxar.
Sua marcha é militar,
A minha é de carnaval.
Seu traje é de general,
Eu visto pena e cocar.
Você liga a motosserra,
Eu planto flor no cerrado.
Você só anda calçado,
Eu piso com o pé na terra.
Você quer vencer a guerra,
Eu quero ganhar a paz.
Você busca sempre mais,
Eu só quero o que é meu.
Você se acha europeu,
Eu sou dos canaviais.
Você vem com a força bruta,
Eu vou com a ginga mansa.
Você vem erguendo a lança,
E eu erguendo a batuta.
Você me traz a cicuta,
Eu lhe dou chá de limão.
Você diz que é capitão,
Eu só sou um mensageiro.
Você é um brigadeiro,
Eu sou só um folgazão
Antonio Nóbrega
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